Massicas comemora 40 anos relembrando a Miconquista

O anúncio foi feito pelo próprio dono do bloco Massicas, Pedro Alexandre Massinha, através do seu Twitter: nos dias 8 e 9 de novembro acontece a Super Festa do Massicas, como parte da comemoração dos 40 anos do bloco. A comemoração será na rua e com trios elétricos, relembrando a extinta Miconquista.

Como já foi divulgado pelos blogs da cidade, Massinha tem tentado mobilizar os donos de blocos e as esferas públicas em prol do retorno da micareta de Vitória da Conquista e esta festa na rua pode ser a concretização do primeiro passo. De acordo o empresário, os blocos “Qual É?”, “Solteirões”, “Miamassa” e “Amigos do Bracim” estarão juntos com o “Massicas” na avenida Olívia Flores (estrada da Uesb). De acordo ele, também terão camarotes ao longo do percurso.

Massinha já divulgou também os nomes de algumas atrações: Chiclete com Banana, Oito7Nove4, Patchanca, Saulo, Psirico e Trio da Huanna. As vendas terão início no próximo mês de julho.

Em entrevista ao Conversa de Balcão em fevereiro desse ano, Massinha disse que “o Massicas na Rua mostrou que o povo quer a micareta de volta. Ali foi apenas o Chiclete com Banana e o Massicas e as ruas da cidade estavam tomadas de gente, foi uma festa linda. Tenho a certeza de que estamos preparados para voltar com a Miconquista”.

HISTÓRIA – Sobre o início do bloco e da Miconquista, Massinha lembrou: “O Massicas foi criado em 1973, criamos o bloco em 1977, menor, participou dos carnavais, na época dos Apaxes, do Blocafé, dos Esnobes, era uma disputa saudável com os Esnobes, que sempre ganhavam, no último ano que o Massicas ganhou, em 80. Daí esses blocos foram se desfazendo, surgiu o Executivos, que foi uma dissidência do Massicas, veio o Pra Brincar, o bloco Beijo, enfim, criamos a micareta por que não tínhamos condições de competir com os blocos de Salvador, não tinha como trazer as grandes atrações, então a juventude se ausentava da cidade para ir para Salvador, não ia rolar mais carnaval na cidade e aí a briga foi ferrenha, de 85 a 88 defendendo essa causa, essa ideia, consultando a população, parte entendia que sim, parte que não, tanto que em 89, a gente implantou a micareta, uma das primeiras do Brasil, a de Feira de Santana já existia e nós estávamos ali, fizemos uma manifestação em praça, na Bartolomeu, em cima do trio pedindo a micareta. No primeiro dia da micareta, as escolas de samba que eram contrárias a ela desfilaram na contra-mão como protesto, e simbolizaram o meu enterro, me botaram dentro de um caixão, mas no último dia da micareta, a gente foi cumprimentado com manifestações de aplausos pela festa, que ganhou dimensão, sendo transmitida pelo principais telejornais do país, pela Rede Globo, Faustão, Jornal Nacional…”