“A gente faz um debate dentro da secretaria de cultura para selecionar os artistas, com o rigor da qualidade. Gosto de lembrar o que disse a Zizi Possi, que aqui ela via cultura na praça, enquanto em outros lugares era apenas animação de plateia. Então, é esse o nosso rigor”, afirmou o prefeito Guilherme Menezes ao apresentar as atrações da 17ª edição do Natal da Cidade.
Com essa proposta de apostar em diversidade e qualidade musical, a programação do Natal da Cidade acaba reunindo atrações da música erudita à popular, da música instrumental aos ternos de reis, da música regional à clássica. E, o melhor de tudo isso, é tudo gratuito!
Entre as atrações desse ano estão artistas que não estão na grande mídia e que são desconhecidos da massa. O evento acaba, portanto, contribuindo com a difusão do trabalho desses artistas, dando espaço e visibilidade a nomes que vale a pena conhecer, apesar de alguns serem conhecidos internacionalmente, como é o caso do maestro Nenéu Liberalquino e do Duo Siqueira Lima.
Conheça um pouco esses artistas “desconhecidos” e aproveite o dia de suas apresentações para se surpreender ainda mais!
Duo Siqueira Lima (18/12)
É um duo de violão (mais conhecido por “guitar duo”) formado pela uruguaia Cecília Siqueira e pelo mineiro Fernando de Lima, e que mistura gêneros como clássico, barroco e música brasileira. Em 2010, lançaram o álbum “Um a Um” na Europa, no Festival Internacional de Violão de Paris, e nos Estados Unidos. Eles estão sendo considerados um novo fenômeno do violão brasileiro. “Com uma mistura de técnica perfeita, repertorio infalível e muito carisma, Fernando Lima e Cecilia Siqueira ganha admiradores por onde passam”, publicou a revista Violão Pro em 2007. Cecília e Fernando são casados e se conheceram em 2001, durante um concurso internacional de violão realizado em Caxias do Sul (RS).
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Wagner Tiso e Victor Biglione (21/12)
De formação erudita, Wagner Tiso é músico, arranjador, regente, pianista e compositor especializado em teclados. Já tocou acompanhou Cauby Peixoto, Ivon Cury, Maysa, Marcos Valle e Milton Nascimento. Foi integrante do Clube da Esquina e arranjador de nomes como Dominguinhos e Gonzaguinha.
Guitarrista e violonista, Victor Biglione é um argentino com história na música brasileira. Ele é o músico estrangeiro que mais contribuiu em gravações e shows para a MPB, parceiro de Wagner Tiso, Cássia Eller e Marcos Valle. Tem ainda uma sólida carreira internacional, tendo trabalhado com nomes como Steve Hackett (Genesis), Andy Summers (The Police), John Patitucci, Sérgio Mendes e outros. Seu ecletismo o tem levado constantemente para os principais festivais de jazz do mundo.
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Nenéu Liberalquino (22/12)
Pernambucano de Canhotinho, Nenéu é criador de uma técnica inovadora, pode-se dizer que ele é um violonista autodidata. Graduou-se em composição em 1989 na Berklee College of Music (uma das mais renomadas universidades dos Estados Unidos). Há três anos, é o regente titular da Banda Sinfônica Cidade do Recife, e tem ministrado vários cursos nas áreas de Arranjo, Harmonia Tradicional e Jazzística. Como instrumentista, já lançou dois CDs solo e já se apresentou em vários festivais no exterior. Apresenta-se atualmente acompanhado por dois violonistas. Nenéu é “o mais revolucionário violonista dos últimos tempos”, de acordo o jornal da Tarde de São Paulo.
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Susana Travassos (24/12)
Portuguesa do Faro, Susana ingressou no mundo da música aos cinco anos estudando acordeão e aprofundando, mais tarde, os seus estudos com aulas de piano e de canto lírico. Seu primeiro cd foi lançado em 2008, em homenagem a uma das maiores cantoras brasileiras, Elis Regina. Em 2009 chega ao Brasil como convidada de um projeto e estabelece uma ligação muito forte com a cultura e a música brasileiras. Com Chico Saraiva desenvolve uma parceria desde 2010 e que resulta no disco “Tejo-Tietê”, lançado recentemente.
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Renato Braz (25/12)
Cantor, violonista e percussionista brasileiro, Renato Braz foi revelado através de festivais e já tocou com Luiz Melodia, Antônio Nóbrega e Ney Matogrosso. Em 2002 foi premiado no 5º Prêmio Visa de Música Brasileira – Edição Vocal pelo disco “Outro Quilombo”, com interpretações de músicas de Caetano Veloso e Gilberto Gil.
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