Efluente - Saida 02

O famoso “Pinicão” está com o seus dias contados. A nova estação de tratamento de esgoto da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) será inaugurada pelo governador Jaques Wagner no próximo dia 13 de junho, segundo o secretário de comunicação do Estado, Robison Almeida, e substituirá a lagoa de decantação instalada no Inocoop I, conhecida popularmente como “Pinicão” por conta do mal cheiro que incomoda os moradores da região. A desativação da atual lagoa irá acontecer de forma gradual e estava previsto para acontecer até o final do ano passado, conforme noticiado aqui.

Em fase de testes, a estação já está funcionando, recebendo 177 litros de dejetos por segundo, vazão que representa um terço da sua capacidade total de tratamento. A nova estrutura fica na estrada entre a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e o Assentamento Santa Marta e “será uma das maiores estações de tratamento do Nordeste”, de acordo o superintendente da Embasa, Paulo Magalhães. Com o novo equipamento foi possível ampliar a cobertura em esgotamento sanitário da cidade, que irá beneficiar, inicialmente, moradores de 26 bairros, cerca de 85 mil pessoas. Para isso, foi feito um investimentos de R$ 116 milhões para ampliar a rede de esgotamento da cidade, que passará para 85% da sua área urbana. Está previsto o investimento de mais R$ 24 milhões para garantir a cobertura em toda a cidade.

Segundo o professor doutor em saneamento, Altemar Vilar dos Santos, do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) em Vitória da Conquista, a nova ETE possui um sistema de tratamento de última geração, “por utilizar uma das melhores tecnologias de tratamento, dentre os mais eficientes e utilizados”. A nova estação poderá tratar 533 litros por segundo pelo método de lodo ativado, processo mais eficiente na eliminação da carga orgânica e dos odores, e que está adaptada à realidade climática da cidade.

A nova ETE foi construída numa área de 190 mil metros quadrados e está equipada por oito digestores anaeróbios de fluxo ascendentes (dafas), dois tanques de aeração, quatro decantadores, dois adensadores de lodo, uma centrífuga, uma elevatória de lodo e uma elevatória de efluente de lodo ativo.

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