A banda Autobox mostrou no palco as suas principais referências

Em clima de despedida, o público chegava ao parque para a última noite do Festival de Inverno Bahia. A banda Autobox, vencedora do concurso Band Garage, abriu a noite anunciando o início do fim. Com influências de Capital Inicial, Aborto Elétrico, Legião Urbana, Plebe Rude e outras bandas da década de 80, o grupo conquistense misturou canções autorais  e antigos sucessos, como “Até Quando Esperar”, “Será”, “Música Urbana” e “Meu erro”.

Leoni veio logo depois com suas músicas românticas. Começou com “As cartas” e emendou outros sucessos, como “50 receitas”, “Garotos”, “Por que não eu” e “Os outros”. Além de romântico, Leoni fez um show bastante dançante, incluiu “Baião”, de Luiz Gonzaga, e “Exagerado”, do Cazuza, no repertório e surpreendeu o público.

Sobre a sua atual forma de trabalho, divulgando o que faz na internet e disponibilizando suas músicas para download, ele declarou que nunca se sentiu tão livre. “É libertador. Você faz o que quer, na hora que quer, sem ter que tentar agradar gravadoras e rádios. Estou lançando agora um EP e logo depois já posso lançar outro. Estou muito a vontade por ter esse contato direto com o público, sem atravessador”, avalia o cantor e compositor. “Estamos numa época que não é de proteção, é de compartilhamento e colaboração”, ressalta.

Os sertanejos Jorge e Mateus eram os mais esperados da noite, principalmente por mulheres histéricas gritando ao pé do palco. Eles levaram um pouco do suingue do pagode e o ritmo do arrocha para o palco, mas ficaram marcadas as músicas “Nova York”, “Amo noite e dia”, “Aí já era”, “Voa beija-flor”, “De tanto te querer” e “Pirraça”.

A dupla ainda acrescentou ao repertório músicas que estão “estouradas” nas baladas sertanejas, como “Fiorino”, “Lê lê lê”, “Sinal disfarçado” e “Eu quero tchu, eu quero tcha”, além das internacionais “Rolling In The Deep”, de Adele, e “Use Somebody”, da banda americana Kings of Leon. Já na madrugada dessa segunda, Mateus puxou o “Parabéns pra você” para Jorge, que completa 30 anos hoje, 27.

O fim do Festival de Inverno estava mais próximo quando se anunciou a banda Asa de Águia. A última apresentação estava sob a responsabilidade de Durval Lelys, que voltava à cidade para se apresentar pela primeira vez no evento. Durval e Asa têm uma relação histórica com Conquista, a banda toca na cidade desde o início da carreira, há 25 anos.

“O Asa está muito feliz por estar de volta a Conquista, aqui estamos em casa”, declarou Durval. “O Asa começou no rock. A guitarra é o que comanda o som do Asa de Águia e a nossa mistura tem essa característica específica que seria uma espécie de ‘rock-axé’, que começou há 25 anos e a gente não perdeu essa pegada”, completou o vocalista sobre a mistura de ritmos.

Com o sanfoneiro Cicinho de Assis na banda, Asa fez da arena um carnaval fora de época. Com “Trenzinho do amor” começou a apresentação e seguiu com “Bota pra ferver”. “Porto Seguro”, “Desejo de amar”, “Com amor”, “Tôa a Tôa”, “Dia dos namorados” e “Simbora” fizeram parte do repertório. A irreverência também veio junto com Durval, que colocou a galera para fazer as coreografias de “Dança do vampiro” e “Dança da manivela”. E assim foi mais um Festival de Inverno Bahia…

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