Após a reunião ocorrida nesta sexta (28) em Salvador, as associações de professores das universidades estaduais da Bahia declararam que a contraproposta apresentada pelo governo será apresentada à categoria visando a aprovação do acordo. Segundo a Aduneb (Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia), a nova proposta salarial apresenta “avanços significativos”.
“Até o entendimento entre as partes foram necessários cinco meses de duras discussões com os representantes do governo e muito tensionamento nas negociações, principalmente nos últimos dois dias, em que foi preciso a mediação do Fórum dos Reitores”, diz a nota. Após as negociações, o movimento docente conquistou:
– incorporação total do restante da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) para este ano, sendo 9% em maio, 9% em novembro, e 5,20% em dezembro;
– reajuste salarial para todas as classes e níveis, de 7% para 2014, dividido em 4% para junho e 3% para dezembro;
De acordo o governo, o aumento do salário-base é independente e não traz nenhum prejuízo ao reajuste geral anual dos servidores públicos.
Para o movimento, o acordo deve ser aceito pelos professores em assembleia. “A radicalização não traria maiores ganhos ao trabalhador docente. As ações do MD são pautadas na seriedade e compromisso com a categoria, fato que ficou evidenciado no dia 3, quando o Fórum das ADs foi o único movimento sindical a se posicionar contrário ao acordão espúrio entre o governo e os demais 18 sindicatos sobre o reajuste linear”, explica a Aduneb.
Participaram da reunião, representantes das quatro universidades estaduais (Uesb, Uesc, Uefs e Uneb), além de seus reitores e secretários estaduais.
No último dia 24, os professores da Uesb já tinham deflagrado estado de greve e previram voltar a se reuir em assembleia no próximo dia 4 para avaliar a negociação com o governo e a deflagração da greve.