disco pittyOs dois anos que Pitty dedicou ao projeto Agridoce ajudaram a aliviar as tensões. Há mais de uma década servindo como principal representante feminina do rock nacional, ela agora une a maturidade dos quase 37 anos ao desprendimento de não ter de provar nada a ninguém.

Sete Vidas traz a música vestida em seus modelos mais ortodoxos e resulta no trabalho mais estável e calibrado da carreira da cantora – como ocorre no rock básico e sem grandes invenções “Deixa Ela Entrar”. A voz é vigorosa, mas Pitty já não grita mais, evitando dramatizar os versos carregados de insatisfação e críticas sociais. O vocabulário, por outro lado, continua repleto de sílabas longas, uma marca da composição da artista.

Ela também revela influências– ecos de Muse e Queens of the Stone Age reverberam em “Lado de Lá”, “Pequena Morte” e “A Massa”. Sete Vidas aposta nos formatos mais convencionais do rock movido a guitarras – e mostra que não há nada de errado nisso. (da Revista Rolling Stone BR)

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