Depois de fazer campanha na cidade de Brumado, também no Sudoeste baiano, a candidata à presidente pelo PSB, Marina Silva, esteve em Vitória da Conquista na tarde deste sábado, 6. Acompanhada do seu vice, Beto Albuquerque, e das candidatas do partido ao governo do estado da Bahia, Lídice da Mata, e ao Senado, Eliana Calmon, a ex-senadora começou o seu discurso falando da sua origem humilde e da sua entrada na política, destacando ter orgulho do Acre e da sua história.
“Eu não sou pessimista, nem otimista ou ingênua, o que eu sou é persistente. Foi a persistência que me fez sair da casinha do meu pai, seu eu fosse pragmática eu nunca teria me lançado senadora da República”, disse Marina. A presidenciável, que hoje figura em segundo lugar nas pesquisas ao lado de Dilma Rousseff, falou também sobre o desejo de mudança da população e sobre os ataques que têm sofrido dos adversários. “As pessoas querem manter aquilo que já conquistamos, mas não querem ser complacentes com os erros”, disse ela em referência às conquistas do governo petista, mas lembrando os casos de corrupção.
“Nossos adversários estão nos agredindo porque têm medo, mas não é medo do Beto, não é medo da Eliana, não é medo da Lídice. É medo disso que está acontecendo: o povo acordou! Eles pensam que o que faz ganhar uma eleição é a indústria do boato, da calúncia, da agressão, pensam que o que faz ganhar uma eleição é a estrutura do dinheiro, do tempo de televisão, vocês estão mostrando que o que faz ganhar uma eleição é uma nova postura”, completou e pediu ajuda ao seu eleitor.
“Muita mentira está sendo espalhada nas redes sociais, muita agressão. Vou pedir uma doação, dediquem-se a desmanchar as mentiras e as calúnias”. Já encerrando e falando como candidata eleita, pediu voto para os candidatos da sua base. “Me ajudem. Votem no 40 e nos partidos da aliança. Ninguém governa sozinho, é preciso pessoas qualificadas, honestas e competentes para representá-los. Se a gente vencer esta eleição, saibam que nós só devemos satisfação a vocês”.
PETROBRÁS – Em Brumado, a candidata foi questionada sobre a delação de políticos por Paulo Roberto Costa à Polícia Federal. O ex-diretor da Petrobras relacionou nomes de políticos a um esquema de propina, entre eles figura o nome do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ela saiu em defesa do ex-companheiro de partido: “o fato de ter um empreendimento da Petrobras feito no seu estado, não dá o direito a quem quer que seja de colocá-lo na lista dos que cometeram qualquer irregularidade”.
Morto no último dia 13 de agosto em acidente aéreo, Campos era até então o candidato à presidência do PSB. Em Conquista, ela voltou a defendê-lo: “Nesse momento, qualquer julgamento, qualquer acusação sobre uma pessoa que não está mais aqui para se defender, pode ser uma grande injustiça. Nós estamos aguardando as investigações porque queremos a verdade e não queremos ver Eduardo morrer duas vezes, por uma fatalidade ou por qualquer tipo de leviandade em relação ao seu nome, à sua memória”, disse Marina.
Assista abaixo a parte inicial do discurso da candidata no vídeo abaixo.
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