A mudança da Feira do Paraguai para a praça Hercília Lima (do hospital São Vicente) tem causado desconforto aos moradores da região. Mesmo sendo o novo endereço provisório, a transformação do cenário e os transtornos em acessibilidade geraram polêmica. As 229 barracas estão ocupando o entorno da praça com a rua da Misericórdia e a área entre a Hercílio Lima e a rua São Pedro, que era usada como estacionamento.
“Tenho que me acostumar com esta vista, só não consigo acostumar com o fato de não poder entrar na minha casa, os carros dos distintos comerciantes da feira do Paraguai ficam invariavelmente estacionados na frente da minha garagem ou no meio da rua”, reclamou o empresário e artista plástico Allan Kardec ao postar a foto acima no seu perfil no Facebook.
Com a divulgação das fotos na rede, o debate foi logo instalado. A maioria das pessoas demostra insatisfação comparando a nova feira com uma favela, outra parte defende que foi um “mal necessário” e que famílias dependem da Feira do Paraguai para sobreviver e sustentar a família. As imagens postadas por Kardec já foram compartilhadas centenas de vezes por outros conquistenses, que mesmo não afetados pela mudança, lamentam a radical transformação da antiga “praça da pedra”.
A mudança de endereço foi uma atitude da prefeitura municipal para desocupar a área da praça Arlindo Rodrigues, onde estava a Feira e onde será construído o Centro de Comércio Popular (shopping popular). De acordo a PMVC, “a praça Hercílio Lima foi escolhida por consenso ao longo de encontros entre os empreendedores e o governo municipal”. Segundo a administração municipal, o shopping popular terá 300 boxes, com instalações mais adequadas que servirão aos comerciantes da Feira do Paraguai e da praça da Bandeira.
A obra está orçada em R$ 4,5 milhões e será realizada por meio de convênio entre o Governo Estadual e a Prefeitura de Vitória da Conquista. A previsão para a conclusão é de cerca de oito meses.
Foto destaque: Raimundo Laser