
Depois do anúncio de que um mineroduto irá passar por algumas cidades do sudoeste baiano, inclusive Vitória da Conquista, movimentos sociais organizados da cidade manifestaram-se contra. Em nota, argumentam que “o setor de extração mineral revela-se, na verdade, um perigo eminente oferecendo péssimas condições de trabalho, sem direitos trabalhistas, expulsão de moradores das suas terras, gerando mais violência e prostituição”.
De acordo os manifestantes, que estiveram em praça pública no último dia 5, o Projeto Vale do Rio Pardo prevê a instalação de uma estação de bombeamento em Conquista, o que irá consumir 50 milhões de m³ de água por ano – “o equivalente para abastecer 3100 famílias por ano, por meio de cisternas”, comparam na nota.
Os integrantes do movimento foram recebidos pelo secretário municipal de Governo, Edwaldo Alves, que garantiu que a prefeitura vai analisar o empreendimento de acordo com todos os impactos éticos, ambientais e sociais. Os movimentos participantes do ato querem que a prefeitura não aprove o projeto.
A nota é assinada pelos movimentos Levante Popular da Juventude, MAB, MPA, FEAB, ABEEF, ENEBIO, FENED, Consulta Popular, MST, MMC, DCE-UESB e Via Campesina, que exigem a realização de uma audiência pública em Conquista para debaterem o assunto com toda a comunidade.
O Projeto Vale do Rio Pardo foi apresentado em audiência pública pela empresa responsável, a Sul Americana Metais (pertencente Grupo Votorantim), no dia 23 de janeiro em Cândido Sales. A audiência foi a segunda das três sugeridas pelo Ibama, já que nenhum outro setor da sociedade, de nenhum das cidades envolvidas, havia solicitado a realização de audiência após a publicação no Diário Oficial da conclusão dos estudos que mediram os impactos ambientais ocasionados pelo projeto.
O movimento ainda distribuiu um documento com denúncias relacionadas ao Grupo Votorantim (baixe o documento).