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Satisfeito com a participação baiana na primeira fase da Copa das Confederações, Ney Campello, secretário estadual para assuntos de Copa na Bahia, vê um saldo positivo nos dois jogos da Fonte Nova (Nigéria x Uruguai e Itália x Brasil), mas entende que algumas coisas precisam ser aprimoradas para a disputa do terceiro lugar no próximo domingo. “Do que a gente observou na operação do estádio em si, temos de equacionar algumas questões que não necessariamente estão relacionadas ao nosso trabalho”, diz.

Uma delas é sobre a venda de produtos alimentícios no estádio, que é feita por uma empresa internacional. “O sistema de venda dos quiosques precisa sofrer uma alteração. Para comprar uma bebida ou alimento, tem de entrar na fila cada vez que quiser algo. Nos estádios, a cultura é comprar fichas e depois a pessoa vai progressivamente pegando. No sistema que foi colocado não se pode fazer isso. Assim, cada vez que volta é uma nova fila”, explica.

Isso foi constatado pela reportagem durante o confronto entre Brasil e Itália. Enormes filas se formaram porque muitas vezes o torcedor queria pagar no cartão e o processo demorava. Campello também observou a avaliação feita pelo Estado. “A Bahia ficou muito satisfeita, na percepção do torcedor ficamos bem colocados e fomos avaliados positivamente pelas pesquisas do Estado. Óbvio que as manifestações fora do estádio trazem um impacto direto para a visibilidade do País. Mas a operação em si dos jogos, e eu circulei por outros estádios, foi muito positiva. Mostramos nossa capacidade para realizar um evento de grandes dimensões.”

O executivo lembra que foram quase quatro anos de trabalho e que os baianos foram aprendendo com os erros em outras arenas. “Nós estamos fazendo isso desde que nos constituímos como secretaria, para evitar possíveis falhas. Mas óbvio que por ter sido o estádio que estreou por último na Copa das Confederações, ficamos atentos a alguns aspectos, como falta de água nas arenas, questão de mobilidade e sinalização”, diz. Ele comenta que em Salvador houve um resultado excelente em relação à telefonia, mas que a secretaria continua muito atenta porque viu problemas em outras sedes.

Agora, para tentar fechar com chave de ouro a participação baiana no torneio, o foco está sendo os preparativos para a disputa do terceiro lugar. Campello admite que haverá uma atenção especial à limpeza, para evitar críticas, e revela que 60% dos ingressos para a partida de domingo, às 13h, já foram vendidos. “E isso sem saber qual será o confronto. Ainda falta um jogo, continuamos trabalhando para alcançar o melhor resultado. Tenho certeza que será uma segunda grande festa. Claro que depois temos coisas a fazer para 2014. Mas posso garantir que a Copa das Confederações foi um teste de fogo, em um contexto de manifestações públicas, e acho que passamos”, conclui.

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Para a torcida brasileira o juiz errou ao marcar faltas e ao aplicar cartões

ERRO DO JUIZ E OFENSAS – O árbitro uzbeque Ravshan Irmatov, do jogo Brasil e Itália, admitiu ter errado ao validar o gol italiano depois de marcar pênalti no segundo tempo da partida, ontem. Segundo Pekka Odrizola, porta-voz da Fifa, tanto Irmatov quanto a entidade admitem que houve um “erro técnico”. “Ele admitiu que cometeu um erro no segundo gol da Itália. É um erro técnico. Está na regra do jogo. Quando apita, não pode dar vantagem. Sobre árbitros, eles são humanos e cometem erros”, afirmou Odrizola, durante coletiva de imprensa no Maracanã, no Rio.

Por conta de erros durante a partida, o árbitro teve que ouvir da torcida o jargão bastante comum durante partidas do Campeonato Brasileiro: “Ei, juiz, vai tomar no *”. Os gritos que ecoaram no estádio podem deixar a seleção fora da disputa de outro título ao fim da Copa das Confederações: o de vencedora do Troféu Fair-Play, pois a Fifa estabeleceu para essa disputa à parte alguns critérios que valem pontos. Um deles diz respeito ao comportamento dos torcedores com relação à arbitragem. Se o delegado da Fifa escalado para acompanhar Brasil x Itália entendeu o coro do público, repetido várias vezes durante o jogo, apenas como uma simples manifestação de protesto, pode ser que não seja rigoroso no seu relatório.

(Da Agência Estado e FolhaPress)

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