O candidato do PMDB à prefeitura de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão, foi o quarto participante da série de entrevistas realizada pelo jornalista Paulo Nunes, em seu programa Fala Conquista, na rádio Melodia FM.

Durante cerca de 50 minutos, prevaleceu um bate-papo amistoso entre os dois, decepcionando quem esperava um bate-boca inflamado, já que atualmente os dois radialistas não se batem – Paulo e Herzem já travaram disputas na justiça.

Moderando as palavras e despejando elogios ao entrevistador, sob um tom politicamente correto, o peemedebista atacou o governo do seu principal adversário, o atual prefeito e candidato à reelição, Guilherme Menezes (PT). De início, deixou claro que “não estou aqui para debater pessoas, estou aqui para debater propostas”.

Segundo Herzem, a política do governo petista é com base na perseguição e no medo. “Existe um medo na cidade. O PT semeou em Conquista o medo, a intimidação – se você discorda, você é guilhotinado. Até quem é petista, até quem está lá dentro. Até aqueles que votaram numa candidatura petista receberam depois como prêmio uma exoneração. A prefeitura que comanda essa intimidação”.

Confira outras das declarações do candidato:
“Em 2008 eu vi um risco: as oposições fragilizadas não tinham candidaturas. Eu tentei, como fiz com tantos outros, projetar um nome e não deu certo”.

“A prefeitura faz uma conta que construiu mais de 300 açudes, eu gostaria de saber onde eles estão”.

“Os políticos que nós criticávamos, que a gente dizia que não gostavam de Conquista, fizeram os que os atuais não fazem. Conquista não tem representatividade política como tinha no passado”.

“A prefeitura não soube sequer realizar uma licitação (para terceira empresa de transporte coletivo). Estão aí emperrados com a licitação, deixaram brechas, feriram a lei do processo licitatório”.

“Não temos uma engenharia de trânsito. Não dá para governar Conquista com base no improviso”.

“Conquista teve uma candidatura rifada porque a prefeitura deu duas secretarias. Quem vai governar é o prefeito ou o partido? É o partido que vai governar, é o partido que indica, pois foi feito um negócio. A disputa de uma eleição é diferente de chegar na feira para comprar melancia ou abóbora”.

“A zona rural foi literalmente abandonada. Ninguém abandonou tanto a zona rural como a administração atual. Esqueceram completamente”.

“O Plano Diretor Urbano atual está vencido e a prefeitura não colocou em prática. Eu diria que os secretários não conhecem o Plano Diretor Urbano da cidade”.

“A prefeitura tinha de janeiro a julho deste ano 1.829 contratados e deu um salto para 3.544 e esses contratados são obrigados a comparecer em encontros, passeatas, comícios… se não vão, perdem o emprego”.

Sobre o fato de, anos atrás, apoiar a administração petista e elogiar a gestão do prefeito Guilherme, ele disse, mesmo sem ser provocado por Paulo Nunes: “Eu não mudei. Quem mudou foi o governo. Essa administração não é a mesma que foi implantada aqui em Conquista em 1997”.

Para ouvir a entrevista completa, clique aqui.

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