A combinação parecia que não daria certo com uma noite de música, mas foi perfeita para a primeira noite do Festival de Inverno Bahia. O clima apresentou aos visitantes a cidade de Vitória da Conquista, uma das mais frias do estado. No palco, o cantor Seu Jorge revelou que alguns dos seus músicos trouxeram camiseta e bermuda na mala para curtir o típico clima baiano – mas, que não seria aqui… “Não imaginávamos esse frio todo”, confessou o cantor que se apresentou pela primeira vez na cidade.
A cantora Pitty voltou ao palco do Festival, mas dessa vez o show foi de Agridoce. Ao lado do parceiro Martin, com quem assina esse novo projeto, a roqueira baiana levou meiguice e muita doçura para o palco. Ela tocava piano, enquanto ele dedilhava o violão sentado num banquinho. O público cantou junto com eles músicas como “Dançando”, “Embrace the devil” e “Romeu”.
“A gente tocava em casa, eu tenho um piano e um vilão e a banda estava de férias, quando a gente viu já tinha um monte de músicas, o Agridoce não foi uma coisa calculada. Talvez role um novo disco, talvez não”, declarou Pitty. “O projeto nasceu na casa dela, era uma coisa íntima, uma brincadeira, não foi um capricho”, diz Martin.
Seu Jorge foi a segunda atração da noite com um repertório repleto de sucessos. De “São Gonça (Pretinha)”, da sua época a frente da banda Farofa Carioca, a “Amiga da minha mulher”, hit mais recente, do disco “Músicas para Churrasco Vol.1”. “Mina do Condomínio”, “Burguesinha” e “Zé do Caroço” não ficaram de fora. Mas, teve quem achou o show pouco empolgante. “Eu esperava mais dele, foi muito bom, mas não superou minha expectativa”, lamentou o estudante André Vieira, que veio de Itapetinga para assistir especialmente ao show do cantor.
O calor soteropolitano da banda Jammil fechou a primeira noite. A banda já havia se apresentado no FIB, mas dessa vez só o guitarrista Mano Góes estava no clima de repeto. Em 2011, a banda ganhou nova formatação com a saída do vocalista Tuca Fernandes. Agora com Levi Lima, a Jammil faria um show diferente.
“Ser dessa banda é uma experiência muito importante para mim, um aprendizado diário”, reconhece o novo vocalista. “Quando houve o anúncio de que a banda iria mudar, o primeiro nome que me ocorreu foi o de Levi, por eu já conhecer o trabalho e as músicas dele. Já existia uma admiração mútua um pelo outro. Ainda não completamos um ano de shows juntos, mas já fizemos mais de 100 shows, então é uma satisfação ver que todos abraçaram esse novo trabalho”, comemora o veterano Mano Góes.
Beirando os 10°C, o público lotava a arena para pular ao som de “Sou praieiro”, “É verão”, “Circulou” e “Colorir papel”. Assim foi madrugada a dentro…