Blitz, Frejat e O Rappa fizeram da segunda noite do Festival uma noite carioca.
Engana-se quem pensa que a frente do palco do Festival de Inverno Bahia estava cheio de tiozinhos para ver a banda Blitz, na segunda noite do evento. A moçada estava toda lá, mocinhas e rapazes, mas também os coroas! A Blitz fez um show divertidíssimo, com pegada teatral e bem humorada.
“É legal isso, a gente sempre teve crianças e públicos mais jovens, que descobriram a banda na internet ou nos discos dos pais, dos irmãos mais velhos, eu sempre falo que música boa não tem prazo de validade, ela sempre toca”, afirmou o vocalista Evandro Mesquita.
“A dois passos do paraíso”, “Você não soube me amar”, “Biquini de Bolinha Amarelinha” e “Betty Frígida” não ficaram de fora do setlist do grupo carioca. O Evandro, à frente da banda, ainda cantou Raul, Paralamas, Titãs, Novos Baianos e Jorge Ben. Sobre a participação no Festival, eles comemoraram: “eu acho bacana essa mistura, a gente já vinha namorando esse Festival assim meio de longe, torcendo pra ser convidado e hoje a gente está aqui!” Evandro lembrou ainda que, apesar de estarem estreando no Festival, passaram pela cidade há quase 30 anos.
Na mesma noite, o cantor Frejat retornava ao palco do FIB. Ele se apresentou na primeira edição do evento, com a Barão Vermelho, e em 2011. A volta em 2015 foi com o show “O Amor é Quente”, em que ele mistura sucessos de nomes da música brasileira que ele admira, a canções de todas as fases da sua carreira.
Frejat começou com Caetano Veloso e passeou pelo repertório de Tim Maia e até de Roberto Carlos. As marcantes “Exagerado”, “Procuro um amor”, “Malandragem” e “Por você” também integraram o repertório, executado com a participação do seu filho, Rafael Frejat, nas guitarras. “A minha geração foi a que asfaltou o espaço do pop-rock brasileiro e esse espaço ainda existe, as pessoas gostam de canções de amor, gostam de humor, de ironia, que tem boas letras e canções”, explicou o cantor sobre a sua volta pela terceira vez.
BARRIL DOBRADO – O Rappa não precisou pedir benção pra voltar para o palco do Festival de Inverno. O show que encerrou a segunda noite foi um dos mais celebrados pelo público, apesar deles terem se apresentado recente no evento (em 2013 – também estiveram na edição de 2006). Sucessos como “Lado B lado a”, “Minha alma”, “Pescador de ilusões”, “O que sobrou do céu” e a mais nova “Anjos” empolgaram o público que nem estava sentindo o frio da madrugada.
Em uma pausa, o grupo carioca apresentou uma surpresa: o DJ Negralha soltou um som bem baiano, o pagode de Igor Kanário, “Tudo nosso e nada deles” fez a galera se balançar ainda mais! O Rappa ainda apresentou uma versão para a música “Que Bloco é Esse?”, de Paulinho Camafeu e a “Súplica cearense”, de Gonzagão.
Na boa, O Rappa tem todo o nosso respeito e pode voltar sempre. Essa segunda noite foi barril dobrado!