A mais recente pesquisa sobre as eleições presidenciais de 2014 apontaram que a presidente Dilma iria para o segundo turno com Marina Silva. O cenário, no entanto, só será possível se a ex-senadora conseguir registrar no TSE a Rede Sustentabilidade, seu novo partido.
A criação do partido tem que ocorrer até o próximo dia 30, caso isso não aconteça, o novo partido não poderá participar das eleições do ano que vem. O processo que solicita ao Tribunal Superior Eleitoral o registro da nova sigla já foi encaminhado, porém, não teve validadas as 492 mil assinaturas de eleitores, o mínimo necessário para solicitar a criação do partido, de acordo os requisitos legais. Para a ex-senadora, a culpa foi dos cartórios.
“Nós conseguimos coletar 870 mil assinaturas. Mas, por critérios de uma validação prévia, 660 mil assinaturas foram enviadas para os cartórios. Enviamos assinaturas de apoio para mais de 1.800 cartórios, em todas as unidades da federação. Nós já temos a quantidade mínima exigida em 26 unidades da federação. Mais de 550 mil assinaturas haviam sido encaminhadas aos cartórios até o dia 15 de julho. Mais de 640 mil assinaturas haviam sido encaminhadas aos cartórios até o dia 1º de agosto. Havia um atraso na análise das assinaturas em mais de 50% dos cartórios. Somos solidários com a falta de pessoal dos cartórios, mas não podemos arcar com o ônus do problema da falta de estrutura da Justiça Eleitoral. Esperamos que o dano coletivo da Justiça Eleitoral contra nós seja reparado”, alegou Marina.
O pedido da Rede no TSE foi acompanhado de uma “cartada jurídica”. Alegam que os cartórios descumpriram o prazo de 15 dias para analisar as assinaturas e que os índices de fichas rejeitadas ultrapassaram os níveis aceitáveis em Estados estratégicos, como São Paulo.
Na pesquisa, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), aparece em quarto lugar. Mais convencido do que nunca de que deve sair candidato à presidente, Campos entregou hoje, 18/9, à presidente Dilma Rousseff os ministérios da Integração Nacional e dos Portos, além da presidência da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). A decisão do partido não é de ruptura, como deixou claro o governador: “Não vamos entrar na oposição. Vamos dar apoio no que acharmos que for correto, inclusive o debate sobre termos ou não candidatura própria. Estamos deixando o governo, entregando as funções que ocupamos. Deixamos assim a presidente Dilma à vontade, e estamos ficando à vontade, para discutir os caminhos para o Brasil”.