Os servidores dos Correios inciaram hoje, 19, greve por tempo indeterminado em 16 estados e no Distrito Federal – Minas Gerais e Pará já estavam em greve desde a semana passada. Na Bahia, o sindicato deve realizar assembleia para analisar se adere ou não ao movimento grevista até o próximo dia 25. Dez dos 35 sindicatos ainda realizarão assembleias e, pela análise, Bahia, Espírito Santo, Acre, Mato Grosso do Sul e Roraima devem decidir pela paralisação.
“A direção da empresa achou que a greve nacional não sairia, mas se enganou. Os trabalhadores estão muito insatisfeitos”, afirmou Sebastião Cruz, representante do comando nacional da categoria, à Agência Brasil. “Mesmo com os 21 dias de reposição e sete dias descontados em folha em 2011, os trabalhadores não têm hoje outra alternativa senão a greve.”
Reivindicações – A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) – sindicato nacional da categoria – quer 43,7% de reajuste salarial, 200 reais de aumento linear e piso de 2,5 mil. Quatro sindicatos que se desfiliaram da federação (São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru) reivindicam 5,2% de reajuste, 5% de aumento real e aumento linear de 100 reais. Carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo têm salário-base de 942 reais.
A empresa oferece somente 5,2% de reajuste e afirma que o índice garante o poder de compra e repõe perdas com a inflação. Correios têm mais de 115.00 funcionários. Os trabalhadores da empresa entregam, por dia, cerca de 33,9 milhões de objetos simples, cerca de 830.000 cartas registradas e 835.000 encomendas.