A TARDE entra a partir desta segunda-feira, 15, no seleto grupo dos 25 jornais brasileiros que chegaram aos 100 anos e que seguem circulando. O jornal baiano passa a integrar um grupo ainda mais especial, o dos periódicos centenários que estão localizados no Nordeste. Junto com ele estão o Diário de Pernambuco, sediado em Recife e fundado em 7 de novembro de 1825; o Mossoroense, situado em Mossoró, no Rio Grande do Norte, funcionando a partir de 1872; e A União, que fica em João Pessoa, na Paraíba, e circula desde 2 de fevereiro de 1893.

A jornalista e ex-presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Judith Brito, explica que, no Brasil, a imprensa demorou a atuar. “O México teve sua Gazeta de México y Noticias de Nueva España em 1722. No Peru já circulavam impressos em 1594”, enumera.

A imprensa só chegou ao Brasil em 1808 e, ainda assim, sob controle governamental. A Bahia teve seu A Idade d’Ouro do Brasil, fundado em 1811. “Este se tornou o nosso primeiro jornal privado”, acrescentou a jornalista.

Judith Brito aponta que, atualmente, no Brasil existem mais de quatro mil jornais. Destes, 652 são diários. “Ao longo dos últimos anos, o Brasil tem chamado a atenção internacional pelo fato de a circulação seguir em alta, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e em boa parte dos países desenvolvidos”, completa.

Para ela, a aposta em credibilidade é fundamental para a sobrevivência dos jornais impressos. “Esta vitalidade deve muito a jornais como A TARDE, que alia credibilidade e laços com a comunidade na qual circula a uma capacidade de permanente rejuvenescimento, produzindo um jornalismo de qualidade, sempre comprometido com os interesses regionais”, acrescenta Judith Brito.

“A TARDE pode se orgulhar de ter conquistado gerações e gerações de leitores por meio de um trabalho jornalístico sério e competente”, completa. Segundo ela, para jornais como A TARDE, as mídias digitais não são um problema, mas um meio a mais de chegar ao seu público.

Resistência – O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, avalia que, diante do histórico da chegada tardia da imprensa ao Brasil, é importante que jornais centenários consigam resistir.

“Saúdo os jornalistas, a direção do jornal A TARDE e a população baiana que tem a possibilidade de contar com esta empresa de comunicação centenária. Atingir esta longevidade é um sinal de vitalidade e de sintonia com a população a quem serve”, salienta o presidente da Fenaj.

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