O velho bode Elomar Figueira Mello inteirou 78 anos de vida no derradeiro dezembro. Apesar de recluso, criando bodes e reparando chiqueiros, o menestrel continua produzindo, escrevendo e interpretando, além de esboçando projetos e tirando outros das gavetas e os colocando em cartaz pelo Brasil.

Recentemente, a Casa dos Carneiros foi parar no meio da avenida Paulista, ao mesmo tempo em que o seu arquivo está sendo preparado para ser aberto aos cúmplices da sua obra, é assim que ele chama os seus seguidores e admiradores. Para a alegria dos seus cúmplices, Elomar começou 2016 cheio de novidades:

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Homenagem a Ariano – ao lado do filho João Omar, o menestrel montou um concerto em homenagem ao escritor Ariano Suassuna, falecido em 2014. As apresentações acontecem em João Pessoa, no próximo dia 22, e em Recife, no dia 23.

12400928_998735320183288_7706851336489169019_nNovo livro – ensaios escritos pelo compositor foram reunidos em “A Era dos Grandes Equívocos”, livro que estava em produção há um tempinho e agora está pronto para ser lançado. Nele, Elomar discute principalmente a desconstrução, o empobrecimento e os equívocos do nosso tempo. A publicação será vendida através da loja virtual da sua produção, a partir do dia 20.

Participação especial – O disco mais recente de Elomar foi lançado em 1995, “Cantoria 3 – canto e solo”. De lá até aqui, as canções do bode só foram registradas por outros intérpretes ou em participações e projetos especiais, apesar de existir um novo disco em produção, “Riachão do gado brabo”. No ano passado, o bode participou do disco da pernambucana Bandavoou, banda criada em 2011 e formada por jovens músicos. Elomar participa dando voz a uma narrativa (ouça abaixo) que introduz a música “Finado Tóta”, de composição do vocalista, PC Silva, que também escreveu a história contada por Elomar. O disco “Nó” tem figurado nas listas dos melhores de 2015.

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