A cidade cresceu, as ruas mudaram, novos prédios, novas casas. Vitória da Conquista vive outra realidade se comparar com a de anos atrás. Mas, nem todos possuem a mesma oportunidade de desfrutar desses espaços, dessa Vitória da Conquista. Ao transitar pelas ruas da cidade, por exemplo, observe onde há acesso para cadeirantes e sinalização para deficientes visuais.
Essa provocação foi levantada por André Cairo, presidente do Movimento Contra a Morte Prematura, que vendou os olhos e saiu com uma bengala pelas ruas do centro, assim como adotou uma cadeira de rodas para se locomover, fazendo referência à aqueles que têm a mobilidade reduzida por conta de deficiências físicas.
De acordo Cairo, o MCMP cobra desde 1989 o cumprimento da Lei Municipal 446, de 1988, que dispõe sobre normas que devem ser adotadas por edificações, logradouros, estacionamentos, semáforos e centros comunitários para permitir o acesso de deficientes físicos e visuais.
Para pressionar o cumprimento das leis municipais e federais que versam sobre o assunto, ele já convidou as autoridades para sentirem na pele as dificuldades. “Convidei vereadores, vereadoras e o prefeito para circularem a cidade em cadeiras de rodas, vendarem seus olhos, sentindo na pele o que senti algumas vezes me deparando com terríveis obstáculos, como se eu fosse um saco de pancadas”, provoca.
Ao passar pelas ruas, André Cairo se deparou com calçadas sem rampa de acesso, com portas que não permitem a passagem de uma cadeira de rodas, semáforos para pedestre sem alerta sonoro, entre outras situações.
Em recente visita à Associação Conquistense de Integração do Deficiente (Acide), o prefeito Guilherme Menezes também foi cobrado sobre melhorias de acesso nas vias públicas. Foi sugerido, por exemplo, a implantação de um sistema tecnológico para que deficientes visuais possam usar o transporte coletivo com mais facilidade.