Achiles ganhou o prêmio de Melhor Intérprete Masculino na categoria Show, pela apresentação “Divino e Ateu”, seu primeiro trabalho solo, depois do projeto CAIM – Ciência, Arte, Ideologia e Música. Natural de Maracás (BA), o cantor e compositor também havia sido indicado na categoria Música com Letra: Intérprete Masculino, com o single “Mar de Refrigerante”, que acabou indo pro baiano Giovani Cidreira.

No seu perfil pessoal no Facebook, ele escreveu:

“Já voltei pro meu recanto e estou cheio de histórias pra contar. Quero falar de minha alegria em estar num palco, quero falar da satisfação que tenho de celebrar, de fazer novos amigos, de cantar com eles. Estar entre músicos é reafirmar para mim mesmo que sim, eu sou um deles, e gosto muito, muito de sê-lo! Recebi o troféu de Melhor Intérprete no Prêmio Caymmi de Música em razão de meu show “Divino e Ateu”. Não posso desconsiderar a simbologia que tem esse prêmio para a forma como as pessoas me vêem enquanto artista. Ainda mais sendo eu um artista do interior do Estado, que vive no interior do Estado e que emana daqui suas criações, seus devaneios e equívocos. O Prêmio é uma feliz exceção no dia a dia dos artistas que são julgados, mal compreendidos e envolvidos por expectativas que vão muito além de seu simples gozo criativo e de suas possibilidades materiais. Meu esforço é diário na tentativa de reservar para a minha arte a minha admiração primeira, antes de qualquer coisa. Só eu sei o prazer que sinto em fazer o que faço. E o que faço, especialmente o que fiz para receber este prêmio, só foi possível devido à colaboração de muitas pessoas. Por esta razão, divido esta conquista com Tiago Menezes, Driu Batera, Dieguinho Andrade, Gilmar Dantas e todxs os integrantes do Coletivo Suíça Bahiana e Vagalume Assessoria. Entrego este Prêmio aos meus pais, incentivadores desde sempre de minhas habilidades musicais e as pessoas que mais me respeitam por ser quem eu sou. Ofereço este Prêmio a todos os artistas do interior da Bahia! Eu me aperfeiçoo na convivência com vocês! No mais, sigo criando, menos afoito e cada dia mais satisfeito. Evoé.”

Na cerimônia de premiação, que aconteceu em Salvador no último dia 18, Achiles participou do “Bandão Caymmi”, ao lado de nomes da música baiana contemporânea como Saulo, Aiace Félix, Filipe Lorenzo, Flavia Wenceslau, Kalu, Lívia Nery e as bandas Pirombeira e Tabuleiro Musiquim. Revezando-se no palco, eles fizeram um show que teve como base o disco icônico Tropicália ou Panis et Circenses, lançado no auge do movimento, em 1968.

A segunda edição do Prêmio Caymmi de Música teve mais de 100 artistas, produtores e trabalhos concorrendo em 22 categorias. Esta edição homenageou o movimento tropicalista.

Confira a lista com todos vencedores:

MÚSICA
Música com Letra:Instante pra se lembrar – Ian Cardoso / Pirombeira
Música Instrumenta: Amálgama / Luã Almeida
Melhor Intérprete Feminino: Flavia Wenceslau / Por Uma Folha
Melhor Intérprete Masculino: Giovani Cidreira / Um Capoeira
Melhor Intérprete Instrumental: Raoni Maciel / Violão / Cadê João? e Giro do Sol
Melhor Arranjo: Ubiratan Marques / Branco / Orquestra Afrosinfônica
Melhor Produção Musical: André Luis Magalhães Costa Pinto / Maya / Kromosons Brazil

SHOW
Pirombeira
Melhor Intérprete Feminino: Livia Nery
Melhor Intérprete Masculino: Achiles
Melhor Instrumentista: Flaviano Gallo / Bateria / Santini Trio
Melhor Banda: Santini & Trio
Melhor Direção Artística: Jackson Costa / Show Celo Costa
Melhor Direção Musical: Ubiratan Marques / Show Nara Couto
Destaque Técnico: Fred Alvin / Iluminação
Melhor Produção: Humberto Vale Curujito / Skanibais
Revelação: Luedji Luna

VIDEOCLIPE
Bonecas Pretas / Larissa Luz
Melhor Direção: Glauco Neves e Bruno Souri / Modo Hard / Circo De Marvin
Melhor Fotografia: Pablo Moreno Pires / Canto Africano / Raquel Monteiro
Melhor Produção: Adriano Ribeiro / Modo Hard / Circo De Marvin
Melhor Roteiro: Luan Ragedo / Kamikaze / Dario Nunes Moreira

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