Sérgio Reis e Renato Teixeira se conheceram na década de 70. Sérgio já tinha estourado o sucesso “Coração de papel” nas rádios. Renato tentava iniciar sua carreira artística com composições embaixo do braço, participando de festivais e correndo atrás de intérpretes. Sérgio Reis gravou “Sina de violeiro”, de Renato, em 1979, mas foi ao gravar “Romaria” que a proximidade entre os dois foi aumentando. Hoje, ele é o principal intérprete para as canções de Renato – e o que mais gravou, também.

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Ao longo desses anos, os dois se encontravam pelas estradas, dividiam palcos, faziam parcerias, rodas de viola e passaram um a frequentar a casa do outro, tanto que moram a poucos metros de distância um do outro. “Nós moramos dentro de uma reserva florestal, onde os macacos e os pássaros convivem com a gente, nós temos fogão a lenha em casa, temos uma vida de interior dentro de São Paulo. As pessoas têm uma certa inveja, no bom sentido, por isso”, diz Sérgio Reis. Eles moram na Serra da Cantareira, na capital paulista, e fazem questão de viver sempre em contato com a natureza. “A gente faz o que ama e o que gosta, que é cantar a nossa música regional, as coisas da nossa terra”, completa.

Serginho, como é chamado pelo amigo Renato, apesar dos quase 2 metros de altura, tem um temperamento bem diferente do parceiro. Enquanto ele é mais brincalhão, extrovertido e piadista, Renato é tranquilão e mantém-se concentrado antes de se apresentar, poupa a voz e, no camarim, aguarda sentado, enquanto Sérgio Reis toma vinho, caminha de um lado para o outro, perturba o próprio Renato, produtores e belisca alguma coisa no buffet posto para a dupla.

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“O gostoso disso é poder estar junto com o Sérgio, a gente é amigo a muitos anos, se juntar foi muito positivo, o que eu gosto muito é que nós colocamos, no palco, a importância da amizade entre as pessoas”, diz Renato, referindo-se ao trabalho em parceria com o amigo, a turnê Amizade Sincera. “Como nós temos os mesmos gostos, tanto na música como no modo de viver, a gente se entende bem e resolvemos fazer esse show e cantar aquilo que nos faz bem, por isso esse título, realmente é uma amizade sincera”, acrescenta Sérgio.

Com canções que falam de amor, de companheirismo, da lealdade entre amigos e, principalmente, dos sentimentos mais simples e verdadeiros, o show Amizade Sincera, em Vitória da Conquista, foi marcado pela emoção. Cantando junto, o público ouviu sucessos como “Tocando em frente”, “Menino da porteira”, “Romaria”, “Filho adotivo”, “Vida boa” e “Sina de violeiro”. Além de clássicos do cancioneiro popular, como “Tristeza do Jeca”, de Tonico e Tinoco, “Estrada do Canidé”, de Gonzagão, e “Vide vida marvada”, de Rolando Boldrin.

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Durante a apresentação, eles demonstram mesmo que são amigos, compartilham as músicas com naturalidade e conversam como se estivessem na sala de casa tocando viola. É tudo tão natural e verdadeiro que até a família está no palco: os filhos Chico Teixeira, de Renato, Paulo Bavini e Marco Bavini, de Sérgio.

“A amizade é uma vocação, um instinto humano, principalmente para equilibrar as coisas nesse mundo de hoje”, acredita Renato. O amigo Sérgio concorda: “quem tem um amigo tem que conservar essa amizade e deixar ela sempre equilibrada”. A ideia de registrar a celebração da amizade de fora dos palcos em cd e dvd deu tão certo que, agora em junho, a dupla grava em São Paulo o Amizade Sincera 2.

Os cantores se apresentaram em Conquista a convite do Campus Vivant Club Residence, empreendimento residencial de campo que reúne uma grande estrutura de lazer e entretenimento. Na mesma noite, Xangai e Evandro Correia, já conhecidos do público conquistense, também se apresentaram.

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Fotos: Micael Aquilah

 

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